Retomada na economia incentiva Inovação em indústrias do sul de Santa Catarina
Recorde nas importações foi registrado em fevereiro
De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o mês de fevereiro registrou recorde na balança comercial brasileira pelo superávit de US$ 4,560 bilhões, com aumento dos números de importação e exportação. O maior preço de produtos básicos, as commodities, somada à valorização do real frente ao dólar impulsionam tanto a venda quanto à compra de produtos para o exterior. Só as importações brasileiras cresceram 12% no segundo mês de 2017.
Os números ressaltam a recuperação, ainda que lenta, da economia também no sul de Santa Catarina. É o caso de uma cervejaria localizada em Forquilhinha, que na expectativa de novos sinais, aposta na importação de insumos para a produção interna. Segundo o Analista de Compras da Saint Bier, Samuel Tiscoski, a indústria busca inovações no exterior. “Queremos desenvolver novas soluções para o mercado. Apenas no exterior encontramos algo mais personalizado, com número de pedidos flexibilizados e que vai reduzir os custos no processo de produção, mesmo com o aumento esperado na demanda”, pondera.
Para o Analista de Comércio Exterior da IDB do Brasil Trading, Michel Ferrari, a exigência do mercado e os novos números na economia incentivam a importação e exportação. “O consumidor exige novidades e as indústrias precisam se preparar para isso. O Comércio Exterior possibilita em determinados casos inovação para o negócio e redução de custos para produção", ressalta.
Cenário positivo para o comércio exterior em 2017
Para Aparecido Mendes Rocha, especialista em negócios internacionais, as perspectivas para este ano são mais otimistas. “A valorização do dólar no acumulado do ano, o aumento do desemprego e a queda de renda da população prejudicaram os negócios em 2016. Todavia, as perspectivas são mais positivas para este ano com as assinaturas de acordos do Governo Brasileiro com entidades internacionais de livre-comércio”, opina.
Rocha cita o Acordo de Facilitação de Comércio com a Organização Mundial do Comércio (OMC), que permitirá uma redução de 40% nos prazos médios de exportação e importação, com impactos positivos sobre a competitividade das mercadorias e sobre o PIB. Ainda em 2017, será implantado o Portal Único de Comércio Exterior, que vai desburocratizar os processos de importação, exportação e trânsito aduaneiro. “Possivelmente deveremos ter um aumento da participação do país nos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul)”, afirma Rocha.
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