quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Comércio Exterior com Estados Unidos: “mercado não vai se modificar de uma hora para outra”

Comércio Exterior com Estados Unidos: “mercado não vai se modificar de uma hora para outra”
Especialistas analisam mercado internacional após eleição de Trump


O discurso nacionalista e protecionista empregado pelo empresário Donald Trump, eleito dois anos após intensa disputa com Hillary Clinton, não deve influenciar o mercado de forma imediata. Esta é a análise de especialistas consultados sobre possíveis problemas que empreendedores brasileiros podem sofrer ao comprar ou vender mercadorias dos Estados Unidos.

Segundo o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, os reflexos não devem ser totalmente negativos. “Vamos ser afetados indiretamente. A expectativa é que Trump deva gerar incertezas, mas não de forma imediata”, ponderou.

Com experiência de dez anos em Comércio Exterior, o analista e gerente da IDB do Brasil Trading, Michel Ferrari, o momento é se precaver, mas de continuar trabalhando. “Importamos, por exemplo, insumos para o segmento químico dos Estados Unidos. Mesmo com as expectativas de maior protecionismo pelo presidente Trump, as mudanças empregadas precisam de análise do Legislativo nacional. Por isso, nossa indicação é manter os mercados de acordo com os volumes exigidos para cada empresa”, sugere.

Michel Ferrari - IDB do Brasil Trading


Quebra de acordos
A proposta de Trump de fortalecer a indústria americana é de acabar com acordos comerciais que envolvem países como México e nações em desenvolvimento. “Foi parte da proposta de Trump. Todavia, tudo ainda depende de aprovações pelo Legislativo. Ainda não temos noção do que está por vir, só que a economia internacional não vai estagnar. Os Estados Unidos também dependem de produtos e commodities para suprir o mercado local, como a laranja que exportamos para eles”, finaliza Ferrari.

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