O que muda nas relações comerciais com os EUA após a posse de Trump?
O resultado das eleições dos
Estados Unidos foi recebido com impacto em setores empresariais que dependem do
livre comércio. O presidente eleito, Donald Trump, prometeu revigorar a economia
americana através do corte de impostos, impedimento de empresas de produzirem
no exterior e renegociação de acordos comerciais.
Depois de assumir a presidência
da maior potencia econômica mundial, Trump irá reavaliar todos os tratados de
comércio que os EUA assumiram no passado. Durante a campanha presidencial,
Trump criticou o Tratado Norte Americano de Livre Comercio (Nafta, sigla em
inglês) entre EUA, Canadá e México, afirmando que este tem impacto negativo na
economia e força de trabalho estadunidense.
O presidente eleito classificou o
Nafta como o pior acordo comercial da historia e prometeu renegociar melhores
condições com os parceiros. Caso estes não concordem, Trump retira o acordo.
Acordo Transpacífico
Com a posse de Trump, o acordo
Transpacífico entre os estados Unidos e 11 países do Pacífico torna-se
improvável. Isso também acontece com a Parceria Transatlântico de Comércio e
Investimento (TTIP), que seria um pacto de livre comércio entre Europa e
Estados Unidos.
O acesso ao mercado dos Estados
Unidos se torna mais difícil para países como China, Japão e Coreia do Sul,
pois a elevação de taxas sobre a importação destes países asiáticos de
exportação é algo que já está em discussão. Para Trump, essa é a única forma
que os EUA tem para compensar vantagens competitivas injustas que estes países
desfrutam ao manipular taxas de câmbio. Segundo o diretor da IDB do Brasil
Trading, Erick Isoppo, a tendência é pela maior nacionalização das potências
mundiais. “A tendência que observamos é pela ampla defesa dos produtores locais
nos Estados Unidos, prejudicando quem já exporta para o país. Entretanto, ainda
é cedo para prever qualquer indicativo. Esperamos que, com uma equipe técnica
bem assessorada, o presidente Trump possa valorizar a boa parceria comercial
estabelecida nos últimos anos com o Brasil tanto na importação como na
exportação”, sinaliza.
Erick Isoppo |
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