sexta-feira, 11 de novembro de 2016

O que muda nas relações comerciais com os EUA após a posse de Trump?

O que muda nas relações comerciais com os EUA após a posse de Trump?


O resultado das eleições dos Estados Unidos foi recebido com impacto em setores empresariais que dependem do livre comércio. O presidente eleito, Donald Trump, prometeu revigorar a economia americana através do corte de impostos, impedimento de empresas de produzirem no exterior e renegociação de acordos comerciais.

Depois de assumir a presidência da maior potencia econômica mundial, Trump irá reavaliar todos os tratados de comércio que os EUA assumiram no passado. Durante a campanha presidencial, Trump criticou o Tratado Norte Americano de Livre Comercio (Nafta, sigla em inglês) entre EUA, Canadá e México, afirmando que este tem impacto negativo na economia e força de trabalho estadunidense.
O presidente eleito classificou o Nafta como o pior acordo comercial da historia e prometeu renegociar melhores condições com os parceiros. Caso estes não concordem, Trump retira o acordo.

Acordo Transpacífico

Com a posse de Trump, o acordo Transpacífico entre os estados Unidos e 11 países do Pacífico torna-se improvável. Isso também acontece com a Parceria Transatlântico de Comércio e Investimento (TTIP), que seria um pacto de livre comércio entre Europa e Estados Unidos.

O acesso ao mercado dos Estados Unidos se torna mais difícil para países como China, Japão e Coreia do Sul, pois a elevação de taxas sobre a importação destes países asiáticos de exportação é algo que já está em discussão. Para Trump, essa é a única forma que os EUA tem para compensar vantagens competitivas injustas que estes países desfrutam ao manipular taxas de câmbio. Segundo o diretor da IDB do Brasil Trading, Erick Isoppo, a tendência é pela maior nacionalização das potências mundiais. “A tendência que observamos é pela ampla defesa dos produtores locais nos Estados Unidos, prejudicando quem já exporta para o país. Entretanto, ainda é cedo para prever qualquer indicativo. Esperamos que, com uma equipe técnica bem assessorada, o presidente Trump possa valorizar a boa parceria comercial estabelecida nos últimos anos com o Brasil tanto na importação como na exportação”, sinaliza.


Erick Isoppo

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