sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Para presidente da Fiesc, retomada de investimentos depende de iniciativa pública

Para presidente da Fiesc, retomada de investimentos depende de iniciativa pública
Reformas serão necessárias para estimular indústria em 2017

Glauco Côrte concedeu entrevista coletiva na tarde de ontem

 “Todo dia eu recebo ligação de industrial com contêineres retidos nos portos, ou para importação ou para exportação. Não são liberados, fiscalizados. O Brasil precisa melhorar a eficiência do setor público para que o setor privado faça melhor a sua parte. O governo precisa facilitar, dar agilidade aos serviços. É trágico o que está acontecendo nos portos”. Assim, resumiu o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Glauco Côrte, em entrevista coletiva na tarde de ontem. Ainda segundo Côrte, o Governo Federal precisa aprovar as Reformas para que possam ampliar os investimentos. “Todavia, é preciso aumentar a produção com a atual capacidade instalada. Está com ocupação de 80%, sendo que o ideal é 90%”, afirmou.

Responsável por 30% do Produto Interno Bruto em Santa Catarina, a indústria anseia por reformas para ultrapassar a crise política e econômica. “A indústria catarinense aguarda o trabalho dos políticos para melhorar as contas públicas e abrir caminho para volta dos investimentos e do crescimento”, resumiu Côrte.

Comércio Exterior não pode depender do câmbio
A competitividade na indústria, segundo o presidente da Fiesc, não pode ser vinculada só ao câmbio. “É claro que o dólar a R$ 2 ou R$ 2,50 torna inviável a exportação, mas a partir de R$ 3 com a eliminação de impostos, portos eficientes e produtos de qualidade, seremos competitivo independente do câmbio”, sugeriu.

Para o diretor da IDB do Brasil Trading, Erick Isoppo, a estabilidade política deve contribuir nos negócios no próximo ano. “O Brasil começa a entrar nos eixos. Ainda temos muito a melhorar, como no caso da greve da Receita, em que precisamos entrar com pedido de liminar para liberar uma carga importada. Mas há uma expectativa de novos mercados e mais negócios em 2017”, opina o administrador.


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