Para presidente da Fiesc, retomada de
investimentos depende de iniciativa pública
Reformas
serão necessárias para estimular indústria em 2017
Glauco Côrte concedeu entrevista coletiva na tarde de ontem |
“Todo dia eu recebo ligação de industrial com
contêineres retidos nos portos, ou para importação ou para exportação. Não são
liberados, fiscalizados. O Brasil precisa melhorar a eficiência do setor
público para que o setor privado faça melhor a sua parte. O governo precisa
facilitar, dar agilidade aos serviços. É trágico o que está acontecendo nos
portos”. Assim, resumiu o presidente da Federação das Indústrias de Santa
Catarina (Fiesc), Glauco Côrte, em entrevista coletiva na tarde de ontem. Ainda
segundo Côrte, o Governo Federal precisa aprovar as Reformas para que possam
ampliar os investimentos. “Todavia, é preciso aumentar a produção com a atual
capacidade instalada. Está com ocupação de 80%, sendo que o ideal é 90%”,
afirmou.
Responsável por 30% do Produto Interno Bruto em Santa
Catarina, a indústria anseia por reformas para ultrapassar a crise política e
econômica. “A indústria catarinense aguarda o trabalho dos políticos para
melhorar as contas públicas e abrir caminho para volta dos investimentos e do
crescimento”, resumiu Côrte.
Comércio Exterior não pode depender do câmbio
A competitividade na indústria, segundo o presidente
da Fiesc, não pode ser vinculada só ao câmbio. “É claro que o dólar a R$ 2 ou
R$ 2,50 torna inviável a exportação, mas a partir de R$ 3 com a eliminação de
impostos, portos eficientes e produtos de qualidade, seremos competitivo
independente do câmbio”, sugeriu.
Para o diretor da IDB do Brasil Trading, Erick
Isoppo, a estabilidade política deve contribuir nos negócios no próximo ano. “O
Brasil começa a entrar nos eixos. Ainda temos muito a melhorar, como no caso da
greve da Receita, em que precisamos entrar com pedido de liminar para liberar
uma carga importada. Mas há uma expectativa de novos mercados e mais negócios
em 2017”, opina o administrador.
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