Dólar reduzido pode incentivar retomada de importações
Indicadores e análise de especialistas apontam esta tendência
A divulgação do Relatório Trimestral de Inflação, documento que sinaliza o cumprimento da meta pelo Governo Federal em 4,5%, além da considerada vitória no debate de Hillary Clinton frente a Donald Trump na disputa pela presidência americana, contribuíram para o recuo do dólar frente ao real. O dólar diminuiu na terça em 0,35%, a 3,2361 reais na venda.
Os resultados mostram que o Brasil deve atrair maior fluxo de recursos. Segundo a analista de Comércio Exterior da IDB do Brasil Trading, Rita Ronchi, os números indicam o aumento de investimentos externos no país. “É um excelente indicador para que investidores troquem, por exemplo, deixando a Turquia que está em nível especulativo com a tentativa de golpe, para aderir ao Brasil”, ressalta.
Além disso, o mercado repercute positivamente o discurso do presidente do Banco Central, Ilan Gold. "O Ilan mostrou que as condições estão cada vez mais favoráveis para queda dos juros pelo lado da inflação. E a gente sabe que o Ilan veio com essa missão, de cortar juros", avaliou Vitor Carvalho, sócio da Laic-HFM.
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, em palestra para a Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, nesta quarta, também enalteceu a retomada de crescimento dos países emergentes e que contribuem para o mercado de Comércio Exterior. Christine citou Brasil, Rússia e China, países cujas economias já demonstram “alguns sinais de melhorias, após um período severo de contração”.
Quanto ao Brasil, a diretora elogiou positivamente a nova gestão que deve votar a PEC para teto dos gastos até 11 de outubro. A taxa de câmbio referência do Banco Central foi formada para usar em liquidação de derivativos cambiais de outubro.
Índia
Christine ainda ressaltou a evolução da Índia, que após reformas na economia, deve crescer 7% ao ano. Segundo especialistas em Comércio Exterior, como Rita Ronchi, da IDB do Brasil Trading, apesar da cautela, os próximos meses devem ser mais animadores tanto para quem importa como para quem exporta. “Ainda temos muito a evoluir. Entretanto, a estabilidade política brasileira e a recuperação da economia mundial devem estimular, ainda que de forma lenta, a evolução nos negócios de quem depende diretamente do Comércio Exterior”, avalia.
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